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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Eu sonhei #3

      Tinha mandado mensagens pedindo perdão por não a desculpar. Ou melhor, pedia desculpas por não a perdoar, que é um pouco menos sistêmico.
      Ela tinha entendido. Todavia estava namorando. Era uma espécie de internato, como os de filmes norte-americanos. Eu invadi o quarto dela e pude ver algumas diferenças em relação ao que ela tinha nas casa dos pais. Primeiro, a cama, a penteadeira, a estante que suspendia a ultrapassada televisão CRT de 21 polegadas. Ao lado da cabeceira, havia uma bíblia, um estetoscópio rosa, um par de fones de ouvidos, todos sobrepostos numa desordem rítmica, como uma sequência de Fibonacci, ou como ela havia deixado-me nos meses do carnaval e pós carnaval.
       À tarde chega a resposta: " eu te perdoo (não entenda como um sinal) "; e não entendi. Cheguei a cogitar internamente a hipótese de ter errado em ter procurado-a. Contudo fui interrompido pela sensação leve e de felicidade que aquele momento me causara, como nas primeiras semanas que havíamos se conhecido em Fevereiro de 2017.

Ela estava uma mulher, uma grande mulher - como eu havia projetado-a
Mas eu era só mais um residente....

quinta-feira, 27 de julho de 2017

A Imagem do Inconsciente

Espero por você em alguma rua mal iluminada
 numa noite chuvosa, com mármores escorregadios 
Um cheiro de Estados Unidos.
De onde você vem.

Vamos assistir aos filmes deitados
Numa casa gigante e segura
Com as suas pupilas refletindo o visor
E suas mãos apertadas às minhas


A torturar os dias ruins
Com paciência, alegria, bom senso
E assaltando a tristeza
Roubando dela todos os traumas envolvidos.

Estou a batalhar por isso
Quase em todas as horas
Mas as vezes, confesso que paro,
Paro para comer, para beber água
Para ir ao banheiro, ou simplesmente para escrever.
 

sábado, 15 de abril de 2017

O Revés Natural do Brasil: Como Reverter ?

          O princípio mátere da colonização brasileira pelos portugueses em meados do século XVl foi, sobretudo, a obtenção de recursos naturais para a comercialização externa. Na época, o pau-brasil - árvore abundante na costa brasileira - fora extraído compulsória e inconscientemente, motivado pelos simplistas ideais de consumismo e desenvolvimento mal planejado, os quais fundaram os primeiros atos de caráter imediatista na natureza, que até hoje se têm notado.
          O consumo excessivo junto à alta produção industrial, são fenômenos cruciais para a manutenção da devastação ambiental. Cada vez mais trivial, o fluxo comercial globalizado tem sido um parâmetro ora positivo - por fins integrativos, ora negativo - por fins destrutivos. É inevitável, nesse cenário, abdicar-se integralmente das relações comerciais tão dinamizadas na contemporaneidade. Contudo, vale ressaltar que o consumo de produtos obsoletos e não duráveis, isto é, comprados majoritariamente por impulso, geram, de forma direta, um transtorno em cadeia na demanda por obtenção de matéria-prima: madeira, metais nobres, pele de animais, entre outros agentes degradantes da fauna e da flora.
          Além disso, é claro que o grande despejo de materiais usados e descartados incorretamente, refuta qualquer respaldo industrial. Em 2011, por exemplo, o Golfo do México foi alvo de uma catástrofe inexorável: 780 milhões de litros de petróleo foram derramados no mar da costa dos Estados Unidos. Esse incidente casou danos drásticos no ecossistema local, além de culminar em problemas econômicos e políticos entre as nações vizinhas. É notório, portanto, a agressividade à natureza oriunda de qualquer atividade antrópica excessiva, tanto pelo abuso extrativo, quanto pelos consequentes acidentes.
          Fica evidente, assim, que para que possamos viver em harmonia com a biosfera, devemos planejar o futuro de forma sustentável, num elo mundial. As ONG's de preservação do meio ambiente, como a WWF, deve realizar junto da mídia informativa, campanhas de conscientização acerca da importância do consumo moderado, principalmente dos bens de consumo duráveis e não-duráveis. O Governo Federal deve intensificar a fiscalização do Código Florestal Brasileiro - especialmente na preservação das matas ciliares. A Escola agirá através de eventos de teatro com engajamento fictício com temática sobre o desenvolvimento humano em detrimento do meio em que vivemos. Por fim, num longo prazo, erradicaremos as ameaças referentes aos meios bióticos e abióticos terrestres, dando, ainda que cinco séculos depois, voz aos índios.


terça-feira, 21 de março de 2017

Diálogo com o Medo

Só queria que tudo isso passasse
Que todo amor que planto, pudesse colher
Só, ninguém é nada na vida
Reduzido ao pó, por tanto querer

Subtraindo você
Já com metade de mim
Perco uma história bonita
E ganho uma estória não lida

O ciclo é vertical
Num piscar de letras
Solto no abismo da carência
O vento até que esquenta

Espiando o amanhã
Com os pés sujos de lama
A porta não pode ser aberta
Avisem que o Gustavo é sapateiro

Essa bexiga invisível
A qual enchemos a todo instante
Emperra pulmão de fumante
Nos descobrirão quando ela estourar.




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Os Bastidores da Crise no Sistema Prisional Brasileiro

          O Brasil nunca foi um país de igualdade social. Desde a era colonial as práticas de corrupção e trapaceio são executadas, sejam elas: desvio de moeda na casa da fundição; troca injusta de escambos; balança comercial favorável e a ostentação real que, mescladas à consequente violência, motivaram a criação do sistema prisional. Atualmente, o sistema carcerário brasileiro sofre uma crise cujas origens estão na corrupção e na violência policial e política.
         Os presídios brasileiros tornaram-se verdadeiros quartéis de "monstrificação". Á preservar sua vida, policias responsáveis pela fiscalização e vigilância dos presos são submetidos à espiral do silêncio, fato culminado pelo medo, ameaça e a oculta corrente de corrupção interna. Os presídios são tomados por facções criminosas que, liadas aos diretores deste lugar, perpetuam o cenário repleto de sexo comercial, entorpecentes, armas, dispositivos de comunicação, tráfico de influência além da péssima higienização; fato que celebra a incoerente e inquebrável vitória do vício sobre a virtude.
        Além disto, a passividade dos órgãos governamentais é um fator crucial para a manutenção desse descaso. Uma das causas diretas deste transtorno, a superlotação é resultada da deplorável estrutura física (prédio) e ideológica (leis) do sistema carcerário nacional. A permanência da desigualdade social, desempregos e disparidade na educação pública são componentes que explicam a improbabilidade do presidiário se ressocializar, processo intensificado após sua passagem por esta verdadeira "universidade do crime"

          Em razão dos fatos acima mencionados, verifica-se a necessidade de o Governo Federal fazer, junto à Policia Prisional, uma reforma sistemática e radical no que tange às causas do problema. É evidente, portanto, que se deve, em conjunto, enrijecer as leis inerentes à violência e corrupção interna e externamente, direta e indiretamente. Desse modo, restaura-se a esperança pelo bem-estar social através da absorção da ideia "Reeducar para Ressocializar" e, enfim, se reestabelece no médio prazo a ordem do país por intermédio da humanização e da justiça.
Fonte: http://www.sigamosjuntas.com.br/2016/07/a-quem-serve-o-sistema-penitenciario-e.html